Ações da General Motors perdem quase 30% de seu valor na Bolsa de Nova York
NOVA YORK - As ações da General Motors (GM) perderam, nesta segunda-feira, até 30% de seu valor, depois de a montadora americana ter reconhecido que poderia ficar sem liquidez para dar continuidade a suas operações. As ações do grupo chegaram a ser negociadas hoje a US$ 3,02 cada uma, um preço que não se via desde 1946, embora no meio do pregão tenham recuperado parte do terreno perdido e estavam cotadas a US$ 3,2, ou seja, 26% a menos que na sexta-feira, quando fechou a US$ 4,36.Afetadas pela crise de crédito que se espalhou dos Estados Unidos para outras regiões do mundo, as montadoras americanas Ford Motor e General Motors anunciaram, na sexta-feira, que amargaram prejuízos no terceiro trimestre e que vão cortar gastos com salários e pessoal. No mesmo dia, a GM revelou que sua situação financeira era crítica e que sua liquidez se reduz drasticamente, de modo que, na primeira metade de 2009, poderia não alcançar o mínimo necessário para continuar com suas operações. Isso obrigou a montadora a renunciar - pelo menos neste momento - a uma fusão com a Chrysler, intenção que foi amplamente publicada pela imprensa americana, embora nenhum grupo a tenha confirmado. A fusão das duas empresas necessitaria de uma injeção de dinheiro público de cerca de US$ 10 bilhões.
Somente no terceiro trimestre do ano, a empresa perdeu US$ 2,5 bilhões, embora suas vendas tenham aumentado 13%, a US$ 37,9 bilhões, e conusmiu uma média de US$ 2,3 bilhões, mais do dobro do calculado pelos analistas do setor.
A Ford também chegou a perder 6% hoje, embora na metade da seção perdia 4%, a US$ 1,9 Su competidor Ford también llegó a bajar hoy un 6%, aunque hacia la media sesión perdía el 4%, hasta US$ 1,9 por ação, depois de anunciar, na semana passada, perdas de US$ 129 milhões no terceito trimestre do ano. O resultado operacional da empresa, a segunda maior do setor nos Estados Unidos, refletiu uma perda de US$ 2,980 bilhões.
Ambos os gigantes de Detroit acumulam volumosas perdas, que, em 2006, ultrapassaram US$ 38 bilhões, no caso da GM. e de US$ 2,7 bilhões no da Ford.
A General Motors pede que as autoridades americanas venham a seu socorro através de uma portente injeção de capital que permita sua sobrevivência, tal como fizeram, nos últimos meses, em relação a grandes empresas do setor financeiro. No entanto, o motivo de seu pedido não está relacionado com a desvalorização de seus investimentos por causa da crise de crédito, mas sim com a desaceleração de sua atividade e os problemas causados pelo modelo de negócio em que está baseada a indústria automobilística.
Analistas do Barclays Capital e Deutsche Bank reduziram seus cálculos sobre o preço dos papeís da GM a US$ 1 e zero dólares, respectivamente, e advertiram que, nos próximos meses, a empresa não poderá continuar com suas operações e deverá declarar sua falência, a não ser que receba uma injeção de dinheiro público.