Mercado de trabalho
Desemprego brasileiro caiu para 8,5% em abril, 2ª menor taxa do ano
Publicada em 21/05/2008 às 11h34m
Mariana Schreiber - O GloboO Globo OnlineRIO - O desemprego brasileiro caiu pelo segundo mês seguido em abril e atingiu a menor leitura desde janeiro, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa nas seis maiores regiões metropolitanas do país ficou em 8,5% no mês passado, ante 8,6% em março, dentro do esperado pelos analistas. O rendimento médio real do trabalhador atingiu R$ 1.208,10, alta de 1% sobre março e de 2,8% ante abril de 2007.
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Em relação a abril de 2007 (10,1%), a população desocupada caiu 1,6 ponto percentual, com a redução de 13,9% na população desocupada (1,991 milhões). A população ocupada (21,4 milhões) não se alterou significativamente em relação a março de 2008 e cresceu 4,3% (mais 886 mil pessoas trabalhando) em relação a abril de 2007.
" Em abril, a população ocupada avançou 0,5% enquanto o número de contratações com carteira assinada aumentou 1,5% "
Regionalmente, na comparação mensal, a taxa de desocupação não se alterou em nenhuma das regiões pesquisadas. Em relação a abril do ano passado, houve quedas em Recife (2,8 pontos percentuais), Salvador (2,3 pontos percentuais), Belo Horizonte (1,2 ponto percentual), São Paulo (2,2 pontos percentuais) e Porto Alegre (1,2 ponto percentual).
O número de trabalhadores com carteira assinada (9,5 milhões) aumentou 1,5% em relação a março e 9,9% em relação a abril de 2007. Com isso, a formalidade bateu novo recorde no mercado brasileiro em abril, chegando a 54,9%, após ficar em 54,6% em março. É o melhor resultado desde 2002, quando teve início a nova série da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e a taxa era de 51,6%.
O gerente da PME, Cimar Azeredo, destacou que o processo de formalização avançou com mais intensidade no último ano - a taxa era de 52,7% em abril de 2007 - devido ao crescimento econômico, ao aumento da fiscalização do Ministério do Trabalho e, principalmente, por causa do aumento da contratação nos setores de serviços prestados às empresas, imobiliário e de intermediação financeira.
- Em abril, a população ocupada avançou 0,5% enquanto o número de contratações com carteira assinada aumentou 1,5%. Isso indica que a maioria das novas vagas que estão sendo geradas são formais - afirmou Azeredo.